Não sei nem quando foi que criei este blog (descobri! em 2010!) com o intuito de “conversar”,
ainda que virtualmente, com meus amigos, já que eu havia me mudado. Consegui
levar adiante por um tempo. Depois, simplesmente parei. Vivi outras situações
que moveram outros cantos da minha vida.
Agora, voltei. Eu sempre tive vontade de escrever. De certa
forma, é pra conversar mesmo, já que moro longe dos meus amigos. Neste momento,
longe de todos. Somos só nós: eu, marido e filha. Mas esta volta tem outros
contornos.
Ando lendo Richard Foster (e recomendo veementemente). Comecei
com “Celebração da Disciplina”. Logo já me questionei por que eu, “nascida e criada”
na igreja, não conheço quase nada das disciplinas espirituais? Por que cargas d'água eu
tenho mais de quarenta anos, já perdi as contas de quantos livros li e não
conheço quase nada dos clássicos devocionais? Alguma coisa tá errada.
É certo que a primeira coisa que me veio à mente foi
criticar a igreja. Talvez até caiba a crítica. Mas eu também sou a igreja.
Portanto, a culpa também é minha. Neste aspecto, muito me ajudou Philip Yancey
com sua “Alma Sobrevivente”.
Então, volto ao Foster. Estou tentando aprender com ele em “Celebração
da Simplicidade”. Neste livro, uma das orientações que ele dá é a de fazer um
diário. Por isso a retomada. Porém, resolvi fazer de uma outra forma. Não vou
divulgar minhas divagações, com as atualizações das postagens. Vou somente postar. Elas estão aí,
fervendo, prementes, quase convulsivas. Pretendo conversar sobre elas com
aqueles a quem Deus mover e trouxer pra conversa (a)fiada (com licença, Maurício. Usei sua expressão). Se Deus entender por
bem não trazer ninguém, será tão somente o meu diário. Continuará uma conversa,
um papo na caminhada, mas sem a intenção de forçar uma divulgação, sem publicidade.
Este é início da retomada do papo do dia.
Agora, uma outra questão. Na verdade, uma luta particular.
Talvez não exclusiva, mas minha certamente.
Estou num processo de caminha com Deus. Alguns dias esta
caminhada é com passo firme, decidido. Outros, cambaleante, quase errante,
parando pela trilha, pois a subida é íngreme e eu, asmática. O que me perturba neste momento é que é impressionante a
força contrária.
Temos procurado viver o que cremos, como família, em
simplicidade, diante de Deus. Quantas são as lutas que se apresentam! Quanto
mais nos dirigimos para luz de Cristo, quanto mais somos chamados por Deus,
pois é Ele quem opera o querer e o realizar, tanto maior a oposição! É
tamanha a pressão que até mesmo o corpo dói.
Confirmando isto, recebi um e-mail de uma amiga muito
querida cujo título foi “apelo geral”. Um de seus filhos, missionário na
África, tem sofrido dores, necessitando de cuidados médicos e o diagnóstico é
simples: estresse. Pra mim tem outro nome: oposição. Por isso, sei que preciso buscar a Deus e esperar nEle, pois
é possível que a pressão não diminua.
Minha luta hoje se divide em dois extremos. Em um, eu
sei que preciso andar mais perto de Deus, e quero fazê-lo. No outro, eu temo o
preço a pagar. Mas como, se “eu sei que foi pago um alto preço”?
Preciso de ajuda. De Deus, para manter o meu curso, minha
direção, no caminho que leva a Ele, pois Ele me basta. Preciso da ajuda de Deus
para manter meus olhos fixos “nas coisas lá do alto”, para que eu tenha
simplicidade de confiar e crer em Deus e não temer por minha vida ou por
qualquer oposição que se apresente.
Literalmente, Deus me ajude.