sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Boas Festas!!!

Estamos chegando ao final de mais um ano. Gosto de finais de ano. Pelo menos pra mim
realmente funciona a sensação de terminar algo e a chance de recomeçar, de novidade. Fico mesmo feliz com a possibilidade de recomeços. Assim, lá vamos nós!

E pra nos despedir do ano que já vai, celebremos o Natal! É o renovar das nossas forças pela certeza que Deus está conosco, "o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade" e é isso que a gente espera: estar com Deus, caminhar com Deus.

E é o que desejo a cada um que caminhou comigo durante este ano. Meu muito obrigada a cada caminhante, que fez da minha jornada uma jornada mais feliz.

Nestas festas, aproveitem muito! Celebrem a vida,a familia, a amizade, a natureza e, sobretudo, caminhem com Deus!

Muitos beijos! Até o próximo papo!


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ah, a amizade...!!

Tô em falta com meus queridos companheiros de papo, não é mesmo? E espero que exista perdão para esta pobre alma!

Gente querida, com o final da eleição, acabei não tendo muita paciência pra computador, nem pra ler e-mail! Mas garanto que tenho pensado em tanta coisa pra "conversar" com os "papeantes"!!! Então, já pensando nisso, recebo um "puxão de orelha amigo"! E não é que achei isso ótimo! Afinal, alguém tem gostado de ler o que eu tenho gostado de escrever! "Bora" então falar sobre amizade!

Antes de mais nada um esclarecimento: embora os metodistas usem pra todas as palavras a versão feminina, minhas amigas me perdoem, pois vou usar o termo no masculino mesmo, sem contudo desmerecer ou apreciar menos a nenhuma de vocês! Nem amigas antigas nem novas!

Quando eu estava no olho do furacão, como precisei dos meus amigos! É impressionante como a gente pode (e consegue) se sentir sozinho no meio da multidão. Muito mais ainda quando estamos em terra estranha!

Embora eu possa estar me repetindo, vale muito lembrar que enquanto eu sonhava com os velhos amigos, Deus foi me dando novos amigos! E Ele tem sido tão formidável que continua acrescentando outras figurinhas pra minha coleção =)

Como me senti só nos momentos mais escuros! É claro que não estava só, mas a sensação de pertencer a algum lugar, de saber quem é você é fundamental! E tem hora que a gente não sabe! Só um amigo mesmo pra lembrar a gente quem a gente é e do que é capaz.

Precisando como eu estava, pedi socorro pra alguns vários amigos. E recebi sinais de fumaça, sinais de vida e silêncio também. Foi bem doloroso este silêncio.

Quando a gente tá bem, nada faz muita diferença, mas quando a gente não tá bem... o bicho pega! Fica parecendo uma TPM eterna! A gente acha que tá esquecido, abandonado e por aí vai... e a alto-estima (com hífem ou sem!!!) que já está pra lá de baixa estima fica péssima!

Claro que existem muitas explicações pra isso, mas talvez a principal (e que eu só me dei conta recentemente) é que os amigos da gente podem estar no mesmo buraco sem luz que nós estamos!

Cerca de um ano depois do meu próprio furacão, encontrei uma amiga que estava incluída no grupo dos meio silenciosos. E como me senti mal! Enquanto eu me sentia traída (acho que sem acento!) e abandonada à minha própria sorte, minha amiga também estava abandonada, sofrendo pra caramba! E eu, esperando ser cuidade, não fiz com ela o que eu gostaria que fosse feito comigo!

Esta foi uma das minhas "descobertas" ou seriam vivências sobre a amizade. Isso me fez crescer e amar mais meus amigos!

O outro ângulo do quadro foi encontrar uns amigos que são amigos desde sempre (e que provavelmente continuarão a sê-lo) e ver (ou sentir) que hoje a gente não é tão amigo assim. Na verdade, o que parecia tão próximo, hoje é tão distante que até assusta um pouco.

Em compensação, a gente encontra uns outros amigos que a gente olha pra eles e vê nos olhos deles que a gente continua amigo, apesar da distância, do tempo que a gente fica sem se ver, sem se falar. Continua tudo lá. No mesmo lugar. E isso é infinitamente bom!!

Agradeço a Deus por todos os meus amigos. Os de perto e os de longe, seja a distância física ou do coração... e sintam-se todos abraçados fortemente, em sinal de gratidão pela nossa amizade.

domingo, 12 de setembro de 2010

Política e Cristianismo

Amigos caminhantes!


Salve! faz um tempo que não sento pra colocar o papo em dia, mas em época de eleição, quem trabalha na Justiça Eleitoral rala com bastante pressão! Então, por favor, recebam minhas desculpas.

Tenho pensado em tanta coisa! Quando estou no caminho do trabalho ou de casa, quanta coisa eu gostaria de compartilhar! A paisagem, as montanhas, o pensamento que voa... mas a gente faz o que pode, não é mesmo?

Então, "bora" conversar.

Política e Cristianismo. De certa forma, era pra ser uma coisa simples: aqueles que são vocacionados a esta profissão, vivendo num caminhar constante com Cristo, fariam suas propostas e seu trabalho.

Mas não é assim que funciona, não é mesmo? Na verdade, a política (ou politicagem) já conseguiu corromper muitos púlpitos.

O texto de Lucas 16.8 tem uma palavra dura pra nós, filhos das luz: "E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz."

Cada versão bíblica adota um termo: mais sagazes, mais prudentes, mais sábios, mais hábeis, e por aí vai.

Interessante notar que trata-se tão somente de uma constatação. Não é uma condenação. Mas é um olhar e perceber esta triste realidade.

Em tempos de internet, de acesso à informação, os cristãos continuam os mais desinformados. O que acredito ser um desperdício. Os cristãos saem na frente sempre, se o desafio é falar em público, ler, apresentar trabalhos, cantar e várias outras coisas. Isto porque aprendemos (ou aprendíamos) desde pequenos na igreja.

Lembro a primeira vez que fui pregar na minha igreja, num culto de adolescentes. A primeira coisa que eu pedi foi que cada um ficasse olhando concentrado sua própria Bíblia e não pra mim. Quando terminou o culto, um amigo perguntou pra minha mãe qual das filhas dela que tinha feito a pregação, pois ele teve que ficar olhando a Bíblia e não viu quem tava falando = )

Somos ágeis para passar informação, mas não pra checar sua fonte. E com isso, temos desperdiçado compartilhar informações relevantes.

Por exemplo, tem um texto circulando que já recebi de várias fontes, falando sobre a Dilma e o "Demo", e o Michel Temer, e Satanismo e por aí a fora. Recebi algumas vezes, mas não repassei. Mas hoje, recebi uma resposta de alguém que como eu tinha recebido. E foi um sacolejo!

A resposta nos chama à razão e mais uma vez se constata que os "filhos das trevas são mais ágeis, sábios, prudentes (...) que os filhos da luz".

No texto existem referências de 6 projetos de lei que, de alguma forma seriam prejudiciais ao povo cristão ou a igreja. Resolvi olhar.

Dos seis, dois não existem e apenas um poderia de alguma forma ter algum reflexo na estrutura da igreja. Mas o impressionante, é que projetos que podem complicar mesmo, ninguém nem sabe se tem ou não.

Os detalhes estão sendo minados em outras esferas, de forma indireta, enquanto a gente se preocupa com grandes temas.

Sabe como é? é aquela crucificação do adúltero, do ladrão e o pegar leve com o mentiroso. Dependendo do pecado é que o cidadão vai ou não pro "reino da igreja". A gente esquece que a Bíblia não faz escala de pecado mais ou menos tóxico. Todo pecado é mortal.

Certa vez, na mesma igreja que eu frequentava, tivemos um "balaco-baco" por causa disso. Uma moçadinha saiu pra tomar uma cerveja numa tarde de calor. E foi por isso crucificada. Mas, na noite desta mesma tarde houve um casamento. O garçom foi literalmente atacado pela membresia faminta. Era bandeja pra cima, o cara quase caindo, e aquela profusão de mãos tentando agarrar a delícia servida. E olha que a festa era uma fartura!!!

Não deu pra ficar quieta: comprei a briga! por que a gente lincha os beberrões e esquece que os comilões estão no mesmo versículo. Preciso lembrar o quanto crente come????

Pois é isso. A gente se agarra numas aparências de verdade e luta por elas como se verdades fossem. É a mesma coisa com a grande maioria dos candidatos cristãos! Eles lotam as igrejas e invadem os púlpitos como se crstãos fossem! E os cristãos, acreditando tratar-se de irmãos, dão a preferência "pra família"! Ora se isso não é nepotismo!!!! Mas condenamos, quando não é nosso parente, não é mesmo?

A Câmara dos Deputados tem um portal excelente, pra ser consultado sempre. O endereço é o seguinte: http://www2.camara.gov.br/agencia/

Neste portal você pode cadastrar pra acompanhar uma proposta de lei, saber o que anda fazendo o deputado, o senador em que você votou. Tem inclusive enquetes sobre vários assuntos que vão influenciar quem está propondo a lei e quem vai votar, como foi com o projeto Ficha Limpa.

Mas isso a gente não faz. É mais prático a gente encaminhar o que recebeu, não é?

Gente, se tá ruim, nós cristãos temos muita culpa no cartório! Por isso, convido a todos os meus queridos caminhantes a tomar uma postura mais positiva e menos omissa. Usemos todas as ferramentas que Deus nos tem dado como nosso discernimento, nosso bom senso, nossa internet (!) a nosso favor e a favor de nossa nação!

Sejamos de verdade sal e luz, homens e mulheres corajosos e conscientes, que votam porque o cara é honesto e não porque ele finge ser cristão em época de eleição.

Abraços fraternos e boa eleição!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sobre limites e disciplina

Dia desses estava lendo na Bíblia a história do rei Davi. Conta a história, dentre muitas outras coisas, a relação de Davi com seu filho Absalão.

Parênteses: Davi é conhecido como o homem segundo o coração de Deus. Fecha parênteses.

Pois bem. Este filho, Absalão, tinha uma irmã, Tamar. Naqueles tempos era permitido o casamento de meio-irmãos. E um dos filhos de Davi com outra de suas mulheres se apaixonou por Tamar. Mas, em lugar de pedir ao pai a mão da moça, como rezava a tradição, armou uma pra ela e violentou a irmã.

Bom, sabendo disso, o pai, Davi, nada fez. Porém Absalão foi, cuidou da irmã e levou a mesma pra sua casa.

E o pai nada.

Passado um tempo, já que o pai nada fez, Absalão disse que queria fazer uma festinha com os irmãos e mandou ao pai o convite, pedindo que deixasse todos os filhos comparecerem a festa.

E o pai, deixou. Resultado? Absalão matou o meio-irmão que violentara sua irmã.

E o pai? Nada.

Absalão fugiu.


Muito tempo depois, o pai cansado de chorar a falta do filho, pediu a um comandante seu que mandasse o filho voltar.

E o filho voltou. Mas o pai nunca o chamou pra conversar, disciplinar ou qualquer coisa parecida com discutir a relação, como se diz hoje. Passaram-se anos desde que o filho retornara e o pai permaneceu em seu silêncio omisso.

Resultado? o filho começou um levante contra o reinado do pai e este teve que fugir de seu próprio reino e de seu próprio filho. Como se não fosse suficiente, o filho ainda foi à casa real, levou para o terraço as concumbinas que ficaram pra trás na fuga do rei e transou com todas elas pra quem quisesse ver.

Como terminou a história? Com o filho morto, claro, e o pai chorando e sofrendo profundamente pela perda.

Se eu não tivesse informado no princípio que se tratava de uma história bíblica, dava pra crer completamente que era uma reportagem atual ou enredo de novela de horário nobre, não dava? Fiquei pensando como coisas que tem tudo pra dar certo terminam assim.

Percebo, como disse um pregador, como fez falta a disciplina para Absalão. Na verdade, como custou cara a omissão de Davi. Esta omissão custou-lhe três filhos, além do seu sofrimento pessoal.

Contudo, o mais incrível (ou o mais terrível) é que, apesar de ser uma história tão antiga, tão ao alcance de quem quiser, é tão atual! É praticamente bárbaro como isso se repete hoje e com que intensidade.


Não são poucos os filhos da omissão. Com as mães cada vez mais no mercado de trabalho, a omissão e a culpa andam de mãos dadas, formando filhos que caminham a passos largos para destruição de suas vidas e de outras pessoas que estiverem no caminho.

Mas porque? Às vezes, penso que encarar os problemas de frente não é muito fácil, mas deixá-los passar como se não tivessem importância (ou como se eles se resolvessem sozinhos, se não tocar no assunto) é pior ainda.

Foi o que Davi fez. Viu sua família se mutilar diante de seus olhos, mas não quis interferir. Preferiu respeitar a liberdade individual de suas crias.


Atualmente, esta tal liberdade individual (também conhecida como privacidade) tem sido vista e crida praticamente como "a" maravilha do mundo. Então, em nome de não desrespeitar tal privacidade, os pais não se manifestam, não interferem quando os filhos desde pequenos começam a reinar soberanos em seus lares. Mandam em tudo e em todos, sem qualquer limite e sem qualquer disciplina por ultrapassar os limites.

Afinal, se não há limite não há porque disciplinar, não é mesmo? E viva os pequenos soberanos!

Ao mesmo tempo em que falhamos ao estabelecer limites para nossas pequenas criaturas, percebo que muitas vezes não fazemos isso com eles porque não fazemos conosco! Ora, não se pode dar o que não tem!!!

Você pode estar se perguntando como assim? e eu respondo: quantas vezes somos forçados a aprender dizer não? para pais, maridos (ou ex), companheiros, colegas de trabalho... e por aí vai. A lista é infinita!

Permitimos não poucas vezes que os outros nos esfolem, pois não sabemos falar não. O medo da não aceitação muitas vezes nos incita a aceitar pessoas e comportamentos, que, em outras circunstâncias não admitiríamos. Mas viva a coletividade!

É certo que temos respeitar os outros. Mas isto não implica em dizer sim sempre. Isto não quer dizer que também é não sempre, mas isso é conversa pra outra hora...

Que possamos aprender a dizer não tanto aos nossos filhos quanto a nós mesmos, para que no fim, ao olhar pra trás, possamos sentir o alívio da missão cumprida e não o pesar de pensar como teria sido se tivessemos feito diferente.

Abraços e beijos gerais... = )

terça-feira, 4 de maio de 2010

Religião versus Igreja


Dia desses, um amigo me mandou um recado perguntando se eu tinha visto o que tinha acontecido a um outro conhecido, que abalou a cidade. Ele não disse o que era... achei que era morte... mas não era. Este conhecido, servidor da justiça, membro de igreja (até onde eu saiba), pai de duas crianças lindas, amigo de muitos amigos meus, foi preso por pedofilia. Na semana anterior, um professor, que treinou a equipe de futebol de salão da faculdade onde minha irmã jogava, com quem eu também joguei, também foi preso e pelo mesmo motivo.

O parágrafo anterior poderia ser uma pegadinha de péssimo gosto. Mas não é. Tampouco é fofoca ou crítica. Tô contando dois fatos que me estarreceram e me entristeceram profundamente. Vou explicar porque... calma, eu chego lá e espero que você continue comigo!

Gosto muito do Rubem Alves. Sempre admirei o jeito dele escrever, o compromisso com ele mesmo e não com a opinião dos outros, principalmente de crentes e evangélicos, já que ele é um apóstata assumido.

Entretanto, estes dias li um livro dele que, de certa forma, acho que é o mais pessoal. Pra mim pelo menos foi. E o que me chamou a atenção é a mágoa que eu senti transpirar nas palavras dele, em cada capítulo. Me impressionou como o tom aparentemente irônico, satírico, soou pra mim quase como um choro. E um choro triste, sem esperança.

Neste livro que me refiro, O sapo que queria ser príncipe, ele conta a história dele, aqui pertinho de mim, no Sul das Gerais, quando saiu daqui pro Rio e depois voltou, pra ser pastor. E vai revelando como desde a faculdade não se encaixou na teoria e na instituição igreja.

Isso me levou a outro livro: Por que você não quer mais ir a igreja?, de Wayne Jacobsen e Dave Coleman. Este livro é fantástico! Me marcou muito, assim como A cabana. Trata-se de uma história de ficção cristã, sobre as relações de fé e igreja, Deus e religião.

Acredito que o que me levou a me identificar tão profundamente com isto tudo foi a minha própria história recente, da qual passo a contar um capítulo relacionado ao tema.

Casei. Separei. Agora não entro em detalhes sobre quase nada. O importante são os seguintes fatos: precisei de ajuda no casamento e busquei na igreja, que não deixei de frequentar em tempo nenhum, principalmente no "olho do furacão".

Quando a tempestade começou a fazer minha "canoa virar", eu, que sempre fui de igreja, terceira geração de metodistas (!), professora de escola dominical, participante ativa de vários ministérios na igreja e "tal e tal", como sempre (ou pelo menos sempre que pude) me coloquei à disposição dos outros nas tempestades alheias, corri "para o seio da amada igreja".

Busquei abrigo na minha igreja do coração, que é a Metodista em São Mateus, bem como naquelas outras onde eu estava.

Num dia de muitos "raios e trovões", minha mãe mesmo ligou pra casa do pastor da igreja que eu tenho ido aqui e pediu socorro pra mim. Eu já tinha mandado um e-mail pra ele contando minha novela. Assim, tive UMA visita da esposa dele e de uma outra moça (que eu nem lembro o nome!) que vieram orar comigo. O pastor também passou por aqui, mais tarde, pra buscar a esposa. Gostaram muito do meu apartamento! Que vista! que lugar jóia! Tenho certeza que, mesmo depois de dois anos, ele sequer sabe o meu nome ou o da minha filha, ainda que a gente continue frequentando a igreja regularmente.

Mas não foi só este fato. O pastor da igreja que eu também ia e até trabalhava na cidade que morei antes daqui, chegou a ir me ver algumas vezes. Sempre com a esposa junto. Claro, cidade pequena, horário estranho, melhor ir com a esposa pra não dar margem à língua ferina. Mas tem coisa que a gente não sabe como fala nem pro pastor, quanto mais pra mulher dele!!!! Depois que mudei de lá, mesmo ele sabendo como estavam as coisas, nunca me deu um telefonema pra saber se eu precisava de alguma coisa.

Apesar da "rebordosa", continuei frequentando a escola dominical e, num dia, contei tudo pra todos os "alunos da classe" e pedi ajuda. Como diz o pensador, "não há nada de novo debaixo do céu", não é mesmo? então, porque seria diferente?

Você que me lê, consegue sentir o "gosto" das minha palavras? ainda que eu tenha escolhido a dedo e tentado não destilar todo o meu fel, dá pra ver uma "pontinha de amargor", não é? Foi essa a minha sensação ao ler o livro do Rubem Alves...

Realmente tive meu período de indignação profunda! Hoje é uma indignação mais rasa = ) Mas tenho insistido em buscar a Deus (e não à igreja) pra que tudo que eu necessito (e que meu Pai sabe) possa me ser acrescentado. (Embora eu perceba que a igreja continua acreditanto que é ela que vai acrescentar, e não o Pai.)

Aqui se encaixa o livro do Jacobsen e do Coleman. A gente procura Deus, mas quer colocar Ele na caixinha, no nosso formato e no nosso tamanho. E as instituições, de forma geral, fazem isso muito bem. Prova disso é o livro do Rubem Alves.

Mas surge um outro livro: Maravilhosa Graça, do Philip Yancey. Gente, é aí que tudo se encaixa. A gente lê o do Rubem Alves e se identifica com as críticas institucionais. Lê o Jacobsen, e vê como a gente gostaria de ter uma relação saudável com Deus e como a gente mesmo estraga tudo, tentando formatar. Aí, lê o Philip e tudo se dissolve e se explica, ao conversar sobre a Graça!

O Rubem meio que sugere ou no mínimo, questiona, se Deus existe ou não. Pois se Deus é amor, porque o primeiro parágrafo do meu texto???

E é aí que a própria Bíblia se revela e foi assim que se revelou pra mim: as igrejas, e até mesmo nós, temos mais facilidade em ser o irmão do filho pródigo do que o próprio filho pródigo. E pra quem é o irmão, existem as regras, o trabalho duro, a severidade e a falta de flexibilidade, o legalismo, o radicalism,o fanatismo. E é isso que a gente muitas vezes tem feito: pedido a Deus o juízo praquele "um" que desperdiçou os bens, envergonhou o nome da família, sujou o nome da igreja!!! A gente quase se houve gritando pra Deus: "crucifica-o"!!!!

Mas aí vem Deus, que diz a respeito de si mesmo: Eu sou amor. E o que o amor faz? um banquete porque o filho voltou! Resgata, restaura, dá abertura pra "papear" de novo!

Acho que é isso que nos falta viver: a graça e o amor de Deus, pois do juízo, todo mundo já tá sabendo e machudado o bastante.

Isso me leva a outra questão: (eu tô acabando, prometo!!!) o Rubem Alves diz (no meu entendimento rude) que se cremos, somos marionetes sem escolhas, pois aqueles que serão maus, serão maus, e os que serão bons, serão bons!

O que eu vejo é exatamente o contrário: como toda ação tem uma reação, ao escolhermos um mundo sem Deus, onde negamos sua existência, questionamos o que não entendemos, rejeitamos as instituições e nos negamos a procurar a Deus, colhemos as notícias do início do texto.

Pra mim, todo o conjunto de considerações que fiz aqui com você fizeram todo o sentido, como também me fizeram ver o quanto precisamos aprender com mais com a Bíblia (e menos com a igreja) e nos voltar pra Deus, reconhecer nossas fraquezas, confessar nossos pecados e aceitar o convite dEle para "papear pelo caminho", com Deus!

Anseio que o Rubem Alves possa abrir seu coração ao amor, de forma racional e emocional também. E conhecer a Deus de andar com Ele e não só de ouvir histórias... que ele mesmo possa "papear" com Deus!

Obrigada por me ouvir = )

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Será que vai chover?

Tem dias na nossa vida que a gente acorda e o nosso mundo tá assim: O céu tá tão carregado que a gente fica só esperando pra ver a hora que vai desabar na nossa cabeça...
Quantas não são as nossas "pré-ocupações" e ansiedades, não é mesmo? a gente não consegue nem distinguir o horizonte. Aliás, que horizonte? o que é horizonte mesmo??? Mas aí, quando a gente pensa que não tem mais jeito, a tempestade vai sumindo, e o que fica é lembrança de Deus pra nós... "não te deixarei nem te desampararei"... Depois de uma "breve estiagem", retornei. Fui dar umas voltas, descansar no colo da mamãe e tal e tal (como diz a Clara). A idéia era ir ver alguns amigos, matar as saudades, mas não é que não deu?!

Gente, tem hora que a gente não quer fazer mais nada a não ser ficar em casa de papo pro ar. E foi isso mesmo que eu fiz.

Consegui ver praticamente duas amigas (!), mas a gente se esbarra por aí... E por falar em amigo...

Faz tempo que eu queria escrever sobre isso, mas a gente vai e vem e acaba não fazendo. Felizmente muita gente me entende (eu acho!) = )


Bom, tive meus dias de "Egito", mas graças a Deus, como Ele sempre faz, ele nos livra da escravidão. E fez isso comigo também. Mas a minha caminhada de saída do "meu Egito", tinha um trecho no "vale da sombra da morte".

Em tempo algum Deus me desamparou. Muito pelo contrário... abriu "mares" e me deu "maná" a cada dia. Foi "coluna de fogo" nas noites da alma e "coluna de nuvem" nos dias quentes do meu deserto. Ainda não cheguei na minha "terra prometida", mas posso afirmar, como na história do povo de Israel, que "nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite".

É isso mesmo... Deus tem sido fiel e presente, apesar de mim!
E nessa jornada, uma das coisas que mais senti falta foi dos meus amigos. Gente, como amigo faz falta!!!

E claro, como não podia deixar de ser, assim como o povo hebreu reclamou de vontade comer carne, eu reclamei com Deus de vontade de papear.
E não é que Deus ouve mesmo? hehhee...

Gente, Deus me deu não só amigos, mas uns irmãos novos, chegadíssimos!!! como não dava pra ter contato com os amigos de sempre, Deus providenciou novos!


Creio que nunca vou ser capaz de expressar completamente minha gratidão nem a Deus, que me deu estas pessoas, nem a estas pessoas, por se permitirem (e me permitirem) partilhar e compartilhar de seu pão, sua casa, sua família e sua vida. Fui recebida e de "pacote completo"! Eu, Clara e Tisso! E nem precisei sair de casa pra encontrar este "oásis da alma".

Minha casa tem o apelido de "República". Explico: eu trabalho o dia todo em outra cidade. Chego à tarde pra pegar a Clara na escola. O Tisso rala tarde e noite. Assim, quando a gente chega a gente já não tá tão afim de cozinha e tal... a gente cuida do que é importante pra Clara.

E não é que estes amigos do "óasis" cuidam da gente e ainda dão relatório pra mamãe quando ela vem (e reclamam com ela quando ela não vem!). Chegaram até a ligar pra mamãe pra reclamar que eu tava muito tempo fora de casa!

Isso sem falar nos lanches, bolos, almoços, sopas quando tem alguém doente, e principalmente os papos!!! ah, os papos!!!
Queridos do "oásis", meu muito obrigado eternamente!

Mas isso não é pra que os amigos de sempre se sintam menos amigos! Ao contrário... nos tempos de correria que tenho encontrado (aliás, acho que esbarrado fica melhor!) com os amigos da vida toda como tem sido bom!

O grande valor destes últimos consiste em que, apesar de estarmos longe, ficarmos muito tempo sem nos ver, eles sabem quem somos nós. E como isso é importante quando a gente tá saindo do "vale da sombra da morte" e errando pelo "deserto"!!!!!


Como é bom a gente se ver, se olhar e conseguir se ver refletido no olhar do outro! Rubem Alves fala muito bem sobre o olhar, assim como a Bíblia. Quantos não são os versículos sobre a relação entre o olhar e o viver...


E como a gente precisa se reconhecer, quando está se reinventando! Acho que na verdade a gente esquece de quem é... assim, os amigos do oásis confortam nossas almas cansadas e sedentas, e os amigos da vida toda, nos relembram quem somos: "trazem a nossa memória o que nos dá esperança".


Não citei nomes de propósito. Não quero cometer o pecado do esquecimento nesta hora, com estas pessoas tão importantes!

Mas tenho certeza que, cada uma delas, ao ler estas palavrass vai se reconhecer.


Amigo de verdade se reconhece.


Beijos no coração de cada um.


...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Para os afins...


AFINIDADE

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.
O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com.
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar.
Ou quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Só entra em relação rica e saudável com o outro, quem aceita para poder questionar.
Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar, não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.
E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.
Isso é afinidade.
Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceita o outro como ele é.
Por isso, aliás, questiona.
Questionamento de afins, eis a (in)fluência.
Questionamento de não afins, eis a guerra.
A afinidade não precisa do amor.
Pode existir com ou sem ele.
Independente dele.
A quilômetros de distância.
Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar, por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.
Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.
Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saem para buscar sintomas com pessoas distantes, com amigos a quem não vemos, com amores latentes,com irmãos do não vivido?
A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa do tempo para existir.
Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu o vínculo da afinidade!
No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relação exatamente do ponto em que parou.
Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as tem.
Por prescindir do tempo e ser a ele superior, a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidades ancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.
Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós, para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade.
É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.
Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau, porque o que define a afinidade é a sua existência também depois.
Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir restituir o clima afetivo de antes, é alguém com quem a afinidade foi temporária.
E afinidade real não é temporária.
É supratemporal.
Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta, ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.
A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.
A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas, plantios de resultado diverso.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças, é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas, quantos das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou, sem lamentar o tempo da separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado.

Arthur da Távola
(atribuído, recebido por e-mail, mas achei tão expressivo de mim mesmo ou tive tanta afinidade, que resolvi partilhar)... Beijos, sempre.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Longa jornada

Quando Deus está prestes a fazer alguma coisa grande Ele começa com uma dificuldade. Quando Ele está prestes a fazer algo verdadeiramente magnífico, Ele começa com uma impossibilidade. Armin Gesswein


Este foi o "anúncio" da devocional que eu li hoje. E era exatamente o que eu precisava ouvir. É realmente interessante como as impossibilidades e dificuldades nos assombram como começamos a sonhar e a colocar nossos sonhos diante de Deus. Acredito que isso não acontece só comigo, não é mesmo?

Embora a gente esqueça de vez em quando (ou de vez em "sempre"), na Bíblia temos vários recados de Deus pra nos mantermos firmes, e só pra lembrar alguns, como Jesus mesmo diz: "
Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. João 16.33

Além disso, a nossa luta não se resume ao que vemos!!! Muitas e maiores razões tem o que não podemos ver, como nos alertou o apóstolo Paulo na carta aos Efésios, 6.12: nossa luta é "contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais".

Gente, perda de tempo achar que isso não acontece e que não é isso que muitas vezes "atrasa" a resposta da nossa oração. Podemos ler no capítulo 10 do livro de Daniel, quando um anjo aparece a ele e conta que desde que ele começou a orar ele foi ouvido, mas se "atrasou" por 21 dias numa luta espiritual!


Amigos e amigas queridos!!! a palavra então é essa: vamos ficar firmes, sabendo em quem temos crido, com a certeza de que "grandes coisas fez o Senhor por nós"e por isso estamos alegres!
Mesmo que não vejamos a "figueira florescer ou o fruto na vide, ou ainda que vejamos e bem a falta de mantimento nos celeiros", que possamos nos alegrar no Deus da nossa salvação, assim como Habacuque fez!!!

  • Para curtir: Segue o link de um vídeo de uma canção de uns cariocas, Os Crombie, chamada Longa Jornada. Os meninos são bons... a canção é uma delicinha!! Espero que curtam!!! (http://www.youtube.com/watch?v=1ARXPbOaRt4)

Muitos beijos e até a próxima conversa = )


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"Mamãe foi trabalhar"

Li um texto com o mesmo título desta postagem, de autoria de Juliana Delleva Cadiz na Revista Pais & Filhos, edição de Janeiro 2010, que fala sobre a inclusão da mulher no mercado de trabalho e como isso afetou a formação dos lares.
As mulheres, que até pouco tempo, eram "só" donas de casa, invadiram as ruas e conquistaram seu espaço profissionalmente. Contudo, ainda lutam para que sejam remuneradas como os homens, que em muitos casos ganham mais pelo mesmo trabalho. Mas qual o preço que pagamos por isso, nós, mulheres, mães e também nossas famílias?

Trabalho fora e sou separada. Mas tenho um grande irmão que me ajuda com a Clara e, ontem mesmo estava conversando com ele sobre as minhas opções. Como a cidade que trabalho é pequena, pouco depois que a Clara nasceu me mudei pra São Lourenço, que é perto e tem uma bem infraestrutura melhor, que tava fazendo falta.

Entretanto, não tem mais transporte público coletivo que faça o trajeto casa-trabalho. Então, vou de carro. Mas aí, não tenho auxílio-transporte, certo? Certo! Fui abastecer e o preço do litro da gasolina é de inacreditáveis DOIS REAIS E OITENTA E TAL CENTAVOS!!!!! Agora, imagine gastar um pouco mais de um tanque de gasolina POR SEMANA. Doeu, né? A alternativa, seria ir pra uma cidade vizinha e de lá para o trabalho. Para fazer este trajeto, eu teria que sair de casa mais ou menos às 6 da manhã e voltaria depois das 7 da noite, gastando mais ou menos 2 horas para fazer um trajeto que, de carro, faço em 40 minutos no máximo. Por dia, só no deslocamento, seriam cerca de 4 horas!

E é esta a questão que se afina com o texto que referi: ou gasto muito mais, mas ganho tempo com minha filha, ou gasto menos e não sei o que vai ser de nós. Nem polemizei tanto: vou gastar mais, mas manter o nosso gostoso tempo juntas.

Tenho visto muitas mulheres, que como eu, são independentes financeiramente, mas que acabam "terceirizando" suas famílias. Será que é isso mesmo que queremos? Acho que não. Como diz uma amiga, o "mais nem sempre é mais". E outras vezes, o menos é mais.

Fica sendo a mesma a afinação com as relações: viramos super-mulheres e não dependemos dos homens pra nada. Continua afirmando o texto que, por esta razão, cresceu o número de mães solteiras ou sozinhas (divorciadas, separadas, viúvas). Como, de forma geral, culturalmente administramos melhor as emoções, antes, nos restava quem nos sustentasse financeiramente, já que o sustento emocional via de regra são as mulheres que dão = ) Mas agora, nem do sustento financeiro precisamos mais.

A minha interpretação da conclusão da autora é que o feminismo tirou um pouco (ou um muito) da nossa femilidade. Conquistamos o mundo e adquirimos uma auto-suficiência que por vezes nos leva a solidão. Para as gerações futuras de mulheres independentes caberá uma conquista: "aprender a pedir ajuda e assumir que a vida pode ser muito mais gostosa se, em vez de somar, a gente aprender a dividir na alegria e na tristeza. Ou se contentar em rachar a conta."

Com isso percebo um outro lado: as mulheres de ontem eram as responsáveis pelo crescimento, desenvolvimento e edução religiosa de seus rebentos. E hoje, como tudo, talvez tenhamos terceirizado isto também. Nossa auto-suficiência nos induz ao erro que não precisamos dos homens nem de ninguém. Nem de Deus também. Afinal, sou mulher maravilha ou não?

Como não pode deixar de ser, o que eu faço é o que eu ensino, e não o que falo. Se me porto com tal independência de tudo e todos, não vou ensinar nada de diferente para Clara, não é mesmo?

Porém, não é isso que pretendo. Ao contrário, espero viver de tal modo que, com a minha vida, minha filha possa entender o quanto é bom que os "irmãos vivam em união"; que há "amigos mais chegados que irmãos", que "os céus manifestam a glória de Deus" e que "ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte", Deus está comigo. Eu não sou só. E também tenhos muitos amigos, que Deus me deu.

Beijo no coração.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Encontros & Reencontros


Como tem sido bom parar pra pensar: o que será que vou colocar aqui? o que será que eu vou encontrar aqui? E, pelo que tenho visto e sentido, todos os que se dispuseram a caminhar comigo tem tido boas expectativas com o que vão encontrar por aqui. Foi pensando e repensando nisso que achei uma maravilha de um "caminhante" mineiro, que expressa muito bem o que tem sido este espaço pra nós. E é isso que tenho pra hoje. Espero que apreciem.

Encontros & Despedidas
Milton Nascimento

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Mais um passo!

Gente,

como diz a Clara, "num cridito"!!! Dei o primeiro passo ontem e passei o dia pensando em qual seria o segundo passo. Mas qual não foi minha surpresa quando fui ver o meu "recém-nascido"! Uau!!! em menos de um dia de idade, já tinha postagens, e-mails e até seguidores!!! Foi uma verdadeira delícia! E, acho que a melhor coisa que posso fazer hoje é mudar todos os planos e seguir o coração. Então, é hora de agradecer!

Dani, que delícia de postagem! Ficou até difícil de responder! Você é mesmo uma pessoa incrível, maravilhosa, e vai continuar sendo uma grande companheira nesta caminhada de criar nossas filhotas! A sua amizade e seu carinho sempre, são presentes de Deus pra minha vida. Obrigada, de coração! Amo você!

Aline, é uma benção poder curtir estes moleques, né? e é infinitamente bom saber que tive você e sua família neste caminho desde a nossa "solterice", né? a gente nem sabia o que queria da vida e já andava junto! E depois, sua casa sempre foi palco de grandes acontecimentos na minha vida. Incluindo o chá de bebê da Clara, lembra? as pressas, dias antes dela chegar, mas com diversão garantida! E logo com o Rafa pra acompanhar! Lembra do primeiro dia que juntamos Cacá, Lilica, Rafa e Bernardo? Muito obrigada por estar sempre no meu caminho e pelo incentivo tão carinhoso neste passo tão especial da minha vida! Você e sua família são sinais da presença de Deus conosco sempre! Brigadim!

Minha filha Lívia!!! Ai como amo você! Foi muito bom conhecer você e fazer parte da sua vida desde que você era um pouco maior do que a Clara. Fiquei feliz demais com o incentivo que foi pra você também este blog. Acho que vai ser uma ferramenta de Deus pra conhecer melhor este tempo novo e diferente que você tem vivido com o Dani. Acredito que vai nos manter mais próximas, com toda a distância. Amo você de maneira especial, por ter me feito sua mãe do coração muito antes que eu me tornasse "mãe da Clara" =) Tenho um orgulho enorme de você e muita admiração.

Luiz Fernando ou Marcus Leão? Ah, são a mesma pessoa!!! E quanto tempo faz isso, heim, Marquito? Foram muitos trechos do caminho que passamos juntos, né? nossa amizade não é de hoje! E, por mais que tenhamos tomado rumos diferentes, continuamos juntos no essencial. Muito obrigada por fazer parte deste passo na minha vida. Muitos abraços pra você, Sil e Sofia! E prossigamos no caminho! A companhia de vocês nesta jornada faz muita diferença!

Alex, meu aluno!!! obrigada por aceitar meu convite neste caminho e ter entendido minha proposta: repensar nossos caminhos. Espero que sejam muitos os nossos papos, passos e descobertas! Muito obrigada!

Lulu do meu coração! Obrigada demais pelo incentivo e por se permitir fazer parte da minha vida, mesmo que seja à distância, entre um treinamento e outro, entre um sistema novo e outre uns votos e outros!!! Você é especial pra mim e um modelo de vida!

Leandra, querida!!! tá aí uma grande companheira de muita história, heim? já passou é água por baixo da nossa ponte! E entre idas e vindas a gente continua junto! muito obrigada pela parceria e pela disposição de coração e alma! Você e Gabi são parte da minha história.

Rachel, e o que dizer de você? você é praticamente uma amiga de útero!!! Você e sua mala nos acampamentos, lembra? Fofolete! Sempre! E também hoje numa jornada parecida, que tem sempre me incentivado a ir em frente, se disposto a me acolher, e dividindo este momento especial de criar filhos, né? tomara que consiga logo seu espaço virtual pra que possamos fervilhar e fermentar nossos encontros, mantendo esta amizade que, se Deus quiser, vai ultrapassar gerações! Sou sua fã desde sempre! Obrigada pela companhia nestes passos! Deus continue te abençoando!

Bom, queridos, neste primeiro passo de muitos que virão com certeza, o ficou hoje foi o sentimento de gratidão, a sensação de ser ouvida, de ser compreendida. Estou me reinventando. O processo começou!!! E isto sim, não tem preço. Muito obrigada, de novo, a todos e a cada um. Vocês são pessoas especiais na minha vida.

Com muito amor,

Ana.

Começo


Como eu disse na apresentação, muitas vezes a gente tem tanta coisa pra contar, pra discutir, pra discordar, pra concordar, pra sonhar, e nem sempre a gente consegue dividir com quem gostaria.

Por exemplo, tem um livro que eu li sobre educação de filhos (10 Princípios básicos para educar seus filhos, cujo autor esqueci o nome e emprestei o livro... fico devendo a informação), que tem muita coisa boa, interessante, que faz a gente pensar.

E pensei. Pensei na Clara, que é minha pra toda vida, na Lilica, que é minha também e em outros filhos e filhas. Mas pensei muito mais nos pais e mães, que tenho visto a luta de tantos pra fazer de seus filhos
pessoas de verdade.

Pensei nas mães separadas ou divorciadas, que
como eu, não querem se perder de si mesmas e que lutam, talvez com maior afinco, pra serem pessoas inteiras (de novo) e fazerem de suas crias, seres igualmente plenos, apesar da forma diferente que seu núcleo familiar acabou tendo.

Viu? muitos pensamentos... como dizia Maurício de Souza num gibi da Mônica (A-do-ro!): é o "óbvio ululante que pulula nas mentes humanas"! Gostou? Eu a-mei! E só agora pude dizer isso pra você, meu amigo e minha amiga que tá lendo isso...

E de onde veio isso? Eu já queria fazer algo assim a mais tempo. Até comecei. Mas um recomeço na minha vida me fez interromper este "projeto". Porém, hoje, falando com uma amiga que surgiu na "caminlhada", Lulu, tive forças pra começar de novo... e sei, que assim como na canção, posso contar contigo =)


Vale explicar mais: a Lulu, tem uma filha, Júlia, e depois de estar separada por muitos anos, vivendo só com a filha, viveu uma reviravolta: passou num concurso e mudou de cidade. Começou de novo, mais uma vez, nos rincões das Minas Gerais... Lulu & Júlia... tenho certeza que foi um tempo muito bom. Mas passou. Júlia cresceu e voltou pra capital pra estudar. E a Lulu ficou. Só. Lulu. E ela usou a tecnologia a seu favor. Lulu & Júlia criaram cada uma seu blog, pra compartilhar o que não é mais possível fazer na hora, pessoalmente. Não foi uma ótima idéia? Eu amei!!!

E é assim que quero ser "quando crescer". Ser um porto seguro pra Clara, uma referência. Ser uma mãe de verdade, como a minha é pra mim. E usar o que puder a meu favor, pra convergir onde a distância se impuser.


É isso. Comecei.