sábado, 24 de dezembro de 2011

Desejos pro Natal e pra 2012

Benção franciscana

Que Deus o abençoe com o desconforto

Diante de respostas fáceis, meias verdades e relacionamentos superficiais

Para que você possa viver intensamente no fundo de seu coração.

Que Deus o abençoe com a raiva

Diante da injustiça, da opressão e da exploração de pessoas,

Para que você possa trabalhar pela justiça, pela liberdade e pela paz.

Que Deus o abençoe com lágrimas

Derramadas por quem sofre dor, rejeição, fome e guerra,

Para que você possa estender a mão para confortá-los e

Transformar a dor deles em alegria.

E que Deus o abençoe com suficiente loucura

Para acreditar que você pode fazer uma diferença no mundo,

Para que você possa fazer o que outros dizem não se poder fazer

Para trazer justiça e bondade a todos os nossos filhos e aos pobres.

Amém.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sobre o DIREITO dos pais de educar

Muito se tem ouvido sobre a tal da "Lei da Palmada". E, dia desses, li uma reportagem da Câmara dos Deputados, com os manifestantes apoiando a ideia. A reportagem fez menção direta a dois deles. Um rapaz, cuja mãe se separou do pai dele e descarregou nele toda a sua indignação. Sobraram cortes, queimaduras, cicatrizes por todo o corpo. A moça estava arrasada. Um professor em sala de aula disse que "se os alunos quisessem prestar atenção, que prestassem. Caso contrário, o problema era deles mesmos! Ele (o professor) receberia no final do mês de qualquer forma. Os alunos prestando atenção ou não. Então, este é o tipo de gente que defende a lei, ajudados e amparados pela Rainha Xuxa, que insiste até hoje em ser Rainha dos baixinhos! e que, curiosamente, não se indigna em fazer publicidade para crianças, como por exemplo um comercial do "leptop da Xuxa", a quem se atribui a fonte da felicidade!

Continuando minha procura de informação sobre educação e criação de filhos, deparei com o texto abaixo. Não deu pra guardar só pra mim, então, estou dividindo.

Junto com o texto, divido minha angústia: embora tenha ficado feliz por ver um texto que expressa tão bem o que eu tenho pensado, me arrasa saber que foi escrito em 2004 (!) e que nós só pioramos...

Bom, é isso. Espero que gostem!

"Gente, cansei!

Cansei de ouvir falar dos direitos das crianças e jovens (eles têm direitos, é claro. Mas, mesmo assim, cansei, porque não se fala com a mesma ênfase e frequência dos deveres das crianças e adolescentes).

Também cansei de ouvir pessoas - muitas das quais sem filhos (isto quer dizer, nunca "caminharam com as nossas sandálias") - acusando, culpando, levantando suspeitas sobre a ação dos pais! Como se, diária e voluntariamente, estivessem os pais, não se desdobrando, como vejo, para fazer o melhor possível (ainda que ninguém seja perfeito, e erre às vezes na medida), mas, por algun desígnio inexplicável, cometendo erros atrás de erros, felizes da vida...

E por que cansei? Porque o que vejo, em mais de três décadas de trabalho em Educação, são pais se esforçando, lutando, dando o melhor de si na maioria dos casos. Há, sim, exceções. Casos tristes. Mas SEGURAMENTE não são a maioria. A maioria está aí brigando contra tudo e contra todos para dar o melhor aos filhos.

Também cansei, porque sempre defendi a ideia de que a cada direito corresponde um dever. E o que ouço e vejo é tão-somente colocações de deveres dos pais e... direitos dos filhos.

E também porque os que vivem acusando os pais, como se todos fossem potencialmente irresponsáveis ou perigosos, nunca os vi procurando nada além do que os pais "fizeram de errado" ou do que "os pais deixaram de fazer" para, em vez disso, e com mais cautela e gerenorisade, verificar se não haveria talvez outras explicações para os problemas que surgem amiúde na relação familiar atualmente.

Passou-me pela mente então uma questão bem plausível. Será que a razão de grande parte dos problemas não seria exatamente a inversa? Quem sabe os problemas da relação pais e filhos não teriam origem - pelo menos em parte - exatamente no fato de estarem hoje os jovens e as crianças excessivamente inflados pelo que consideram "seus direitos?" Não estariam esquecendo (deixando de lado, ou não sendo suficientemente esclarecidos) de que têm também, e na mesma porporção, deveres e responsabilidades?

E os pais não estariam, por seu turno, atemorizados pela culpabilização interminável que a eles se faz, encolhidos por isso mesmo no seu canto, arqueados ao peso de tanta responsabilização; não estariam eles imobilizados, fragilizados, enfim?

Por isso, e para resgatar os DIREITOS dos pais, escrevi este livro. Porque, enquanto pais e mães não voltarem a confiar em si, enquanto estiverem temerosos da opinião dos outros (e por vezes até reféns desses pareceres, seja de especialistas, vizinhos, amigos ou parentes), não conseguirão exercer seu papel com a autenticidade, a coragem e a tenacidade necessárias ao exercício da função. Ouvir opiniões de pessoas que nos querem bem, analisá-las, aprender novas teorias e visões com especialistas de renome é positivo. O que não deveria ocorrer - mas está sucedendo - é que, de tanto ouvir recriminações, de tanto escutar opiniões diversas e por vezes até contraditórais, os pais fiquem sem saber se têm ao menos o direito de repreender os filhos quando agem de forma inadequada, perigosa ou incivilizada. Porque ser pai e mãe hoje requer coragem, auto-estima elevada e um amor e paciência infinitos... Não o amor infinito do querido Vinícius (que, todos sabem, só é infinito enquanto dura), mas o de pai e mãe, que é infinito mesmo! É um amor, aliás, que começa infinito antes mesmo de o objeto de seu sentimento existir - porque, cá para nós que somos pais, é um tremendo ato de coragem e de amor ter filhos na sociedade assustadora em que vivemos hoje.

Então, vamos resgatar a coragem desses verdadeiros heróis.

Pais, vocês têm direitos também, não só deveres! Podem acreditar!!!!"

Zagury, Tania. Os direitos dos pais: construindo cidadãos em tempos de crise. 11.ed. Rio de Janeiro: Record. 2004,11-13

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Onde vamos parar?

Acabei de ler uma reportagem da Revista Época com o seguinte título: "A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico". O pior de tudo, pra mim, é que, de certa forma, a autora tem razão. E muita razão.

Fico pensando em Jesus, no Evangelho (que quer dizer boas novas!) e pensando em como isso se torna realidade hoje. Acabo chegando a conclusão que o que é realidade hoje está muitíssimo longe de ser o que Jesus foi e a boa notícia que teríamos a viver.

A autora conta que ao visitar a página na internet da igreja referida na matéria, surpreendeu-se com a preleção inicial: "o perigo da tolerância".

Ao ouvir evangélicos comportarem-se desta forma, logo penso nos radicais muçulmanos. Em nome da fé, com a versão dada por quem tem mais poder, tudo é possível, inclusive matar quem quer que seja.

Aí surge a minha dúvida cruel: será que os evangélicos da atualidade e do futuro vão se tornar assim também? A gente já sabe que eles já se comportam como donos da verdade, realidade também conferida pela jornalista. Mas será que a gente vai chegar a esta loucura da intolerância total?

Espero que não. Espero que os cristãos verdadeiros, que não se "converteram ao capitalismo institucional" das igrejas consigam que suas vidas falem mais alto do que as aberrações que temos visto e ouvido. Muito embora eu saiba que nos últimos dias praticamente todas as qualidades que esperamos encontrar nos cristãos estarão muito próximas da extinção.

Espero ainda, contra a esperança, que possamos ser cristãos como os primeiros a ser chamados assim, quando como diz o livro de Atos, "tudo lhes era comum (...) e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo" (grifo meu).

Que possamos mesmo ter a SIMPATIA dos que nos ouvem e vivem ao nosso redor, e não o horror, o medo ou a antipatia.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Rotina

Lembro-me bem, afinal, não faz tanto tempo, quando a minha filha ainda era um farelinho! Como eu lia de tudo um pouco pra ver se descobria como ser uma mãe melhor, como cuidar bem da cria e coisas assim.

Constato hoje que, pra minha tristeza, que já não leio tanto quanto antes. Embora sempre procure saber e me informar, parece que com o passar dos dias, o medo de tudo vai diminuindo e a gente se acostumando. E quando vê, já não tem lembrança de como foi que tudo começou.
Apesar desta "pedrada n'água", tento acertar.

Uma das coisas que a gente aprende lá no princípio é que as crianças precisam demais de rotina (!). Pois é. ROTINA! Esta mesma, que tanta gente xinga. Não é que a rotina pra criança é importantíssima pra desenvolver a segurança? Pois é. E a partir daí, a criança se sentindo segura, tudo se desenvolve.

Pelo menos esta lição eu me lembro bem e, mais do que meramente lembrar, procuro praticar. Tenho como rotina, por exemplo, passear no parque com minha filha sempre que possível; comer churros domingo à noite; e no calor, milkshake de chocolate com batatas fritas! Delícia! A gente adora estes programas!

Interessante também que pra muitas outras coisas a rotina é fundamental. Por exemplo, um atleta. Para que ele consiga alcançar o máximo de rendimento é crucial uma rotina muitas vezes dolorida. Mas o atleta sabe onde quer chegar. Então, elabora seu planejamento, estabelece sua rotina, e cumpre, à caminho de suas metas.

E eu, onde quero chegar com isso? Cheguei: porque razão a gente acredita nas mil e uma revistas, entrevistas e o "escambau", que propalam aos quatro ventos que é necessário quebrar a rotina?

Cada vez mais eu acredito que as relações, assim com a criação de filhos, a prática desportiva, a ciência, a música, enfim, tudo que nos rodeia, inclusive (e principalmente) a nossa relação com Deus, na verdade PRECISA de rotina!

Ainda hoje eu conversei com um amigo sobre isso. Perguntei a ele se ele tinha com a esposa a mesma rotina de conquista, quando começaram a se enamorar. Não precisa ler pensamento pra saber que a resposta foi "NÃO", não é mesmo? É óbvio que não! Do mesmo modo que eu já não leio tanto sobre educação e desenvolvimento (mas não abandonei, heim?, só relaxei um pouco...), meu amigo e acredito que todos os casais bem como todo tipo de relação, também relaxaram...

Aí, vem este bando de publicidade enganosa, com mulheres enganosas (não vá dizer que acredita que os corpos perfeitos são realmente perfeitos, né?), impondo a necessidade de mudança, sair da rotina, sexo de todas as formas, como maneiras de salvar as relações cada vez mais decadentes.

E o que acaba sendo pior é que ninguém se dá conta que na verdade o que falta é a rotina! A rotina de prestar atenção ao outro, em vez de olhar só o próprio umbigo, a rotina da conversa, do carinho, do silêncio e por aí vai...

O resultado? um bando de gente cada vez mais sofrida por que não consegue fazer acrobacias sexuais, dança do poste ou do raio que o parta! como se isso fosse a rocha em que se devem construir as relações!

Anseio que eu, em primeiro lugar, não abra mão da minha rotina, de cuidar e conversar com a minha filha, de passear quando nós podemos, de cuidar e curtir com nossos amigos e, principalmente, de cultivar uma vida de gratidão a Deus por tudo que Ele tem nos dado.

Beijo no coração.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pausa

Descobri-me em pausa. E não uma pausa pequena, de um ou vários compassos. Mas uma pausa de mil compassos, como diz Marisa Monte. Uma pausa acompanhada de uma fermata. É...

Pra quem não sabe, eu explico. A fermata é um sinal gráfico usado pra prolongar o som ou o silêncio. Assim, uma orquestra mantém a mesma nota ou o silêncio (pausa) enquanto o maestro quiser.

Considerando que eu sou a maestrina da minha sinfonia de vida, eu faço (ou não) a música com as notas que Deus todo dia me dá, o manter-me em pausa vai depender de mim.

Isso é bom. Mas é ruim. Afinal, pra quem nem se sabia pausada, inerte, como ser novamente lançada à vida? Não sei. Mas vou descobrir, pois já descobri a ausência de movimento, de sons...

E como foi isso? De repente percebi que não arrumo, ajeito melhor minha casa porque não sei o que vou fazer, se vou ficar, se vou mudar, se mudo de trabalho, ou se me concentro em organizar melhor com o que já tenho, se fico só, se arrumo alguém... e por aí vai.

E aqui é que parei. Não decidi nada, não voltei a estaca zero, mas também, não progredi.

O que to fazendo é pensar que não vou me preocupar com a decoração da casa, por exemplo, em colocar isso ou tirar aquilo, pois vai que eu mudo, não vou ter muito pra preocupar.

Também não vou me preocupar muito em me achar aqui, em fazer mais amigos, em curtir o lugar maravilhoso que eu moro, pois vai que eu mudo... afinal, vai ser só mais um cordão pra cortar.

E nessa brincadeira, pausei.

Não fui pra trás.

Tampouco adiante.

Descobrir isso, ao mesmo tempo foi bom, pois vai me permitir tocar minha vida e minha canção; mas foi também ruim, pois me fez perceber o oco e o tempo que tem escorrido pelas mãos...

Olhe de novo pro maestro... ele lentamente se move, sai de sua inércia, mexe suas mãos, seu corpo se enche de música e por fim, a música enche o ar... ouça a melodia... a minha melodia... estou deixando a pausa, ainda que lentamente.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Minha filha, você também não merece nada!


Estava lendo a matéria, por sinal muito boa, da Jornalista Eliane Brun, publicada pela revista Época, cujo título é "Meu filho, você não merece nada".

Fiquei satisfeita ao ver que ainda existe gente decente, gente que pensa, que sabe que a vida é uma colheita, e que a gente colhe o que planta, e que pra esta regra, não há exceção nem jeitinho brasileiro.

Tomei a liberdade de transcrever dois parágrafos, que muito me chamaram atenção:

"Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir."

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando. "

Com isso, a gente pode perceber que a mesma dinâmica tem funcionado nas igrejas. Basta a gente substituir o pai pelo pastor, e os filhos pelos fiéis. Assim, fica nítida a crise da igreja e da cristandade, de forma geral.

Da mesma forma que muitas vezes nós pais fazemos com os nossos filhos, os pastores fazem com os membros da igrejas, prometendo a vida eterna na terra, ou mesmo o Reino do Céus aqui e agora. Para tanto, basta esfregar a lâmpada maravilhosa e gritar em alto e bom som: que "eu não sou dono do mundo, mas sou filho do dono"!

Assim como no texto brilhante, a autora traz a lume a essência da crise familiar, nós podemos enxergar, se quisermos, a continuidade desta crise nas igrejas, pois estas são a continuidade do que fazemos em nossos lares.

A autora conclui seu texto afirmando que "sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. " E que é como eu quero concluir aqui também. É preciso coragem pra reconher que não merecemos nada, por mais que possamos pensar em fazer, mas a graça, esta sim, é que nos permite caminhar a cada dia e nos dá coragem para assumir a narrativa não só da nossa vida, mas, principalmente, da nossa relação com Deus.

Que Deus me ajude mesmo a ensinar esta verdade pra minha filha. E que ela aprenda a lutar pela vida, em toda a sua plenitude.


Fonte:
BRUM, Eliane. Meu filho, você não merece nada. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00.html . Acesso em 13 jul. 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

As pedras do meio do caminho


Ainda ando em crise comigo mesma para conseguir estabelecer a diferença entre "levar as cargas uns dos outros" e "cada um tomar a sua cruz".

Olho pra mim mesma e pra outros amigos ao redor e vejo-nos levando as cargas, as "cruzes" e tudo o mais que der pra carregar. Só não entendo porque a gente insiste, afinal, se formos sinceros, nem sempre a gente consegue levar a nossa própria cruz.

Com isso, me pergunto: será que é porque eu acho a minha cruz pesada que fico tentada a levar a cruz alheia?

Talvez até seja esta a resposta que eu encontre em mim. Todavia, muito mais do que respostas, eu preciso é mudar a minha atitude e assumir "só" a minha cruz.

Esta é uma das pedras que estão no meu caminho hoje.



Uma outra pedra que anda me incomodando é profissional. Sou servidora pública. Antes, por anos, trabalhei na iniciativa privada. E, como a gente estuda em Administração, a busca pela excelência e pela qualidade norteiam a própria existência da empresa privada. Já no serviço público.... o "buraco" ainda é mais em baixo...

Daí, que estou fazendo um curso sobre excelência no atendimento e em um dos itens, estou estudando o Dr. W. Edwards Deming, considerado um guru da excelência.

A pedra está justamente em uma das lições que ele propõe, dentre 14, para alcançar a excelência: "incentive o gosto e o orgulho pelo trabalho".

Pelo menos hoje, pra mim, isso é quase inacreditável! É óbvio que existem exceções e não são poucas! Talvez sejam pouco expressivas... pelo menos pra mim.

Como que a gente incentiva o gosto e o orgulho pelo trabalho pra quem é concursado, efetivo, não gosta de trabalhar, não precisa de trabalhar e nem corre o risco de perder o trabalho? e por aí vai... Na iniciativa privada é praticamente simples: não quer? sai fora que tem quem queira! Agora, no serviço público...

Além do ranço histórico, vejo hoje o serviço público crescendo enormemente sem planejamento nenhum! então, as estruturas são as mesmas, mas os desafios muito maiores!

No órgão que eu trabalho, tenho lidado com "colegas" que passam horas trocando ofensas, quer dizer, mensagens eletrônicas, desmerecendo-se mutuamente. E isso me dá uma preguiça...

Assim, embora hoje eu esteja muito desanimada com tudo isso, sei que vou conseguir vencer meu desânimo e minha inércia, e continuar trilhando meu caminho de conquistas e vitórias (suadas!). Mas hoje, só por hoje, preciso dividir minha aflição diante do que vejo e que não é nada bom...

Mas sou otimista: vejo a metade cheia do copo. Dias melhores virão... como diz o poeta, "dias melhores pra sempre!"

Força na caminhada! Pra mim e pra você também!

segunda-feira, 4 de julho de 2011


É não é que já acabou a segunda? coisa boa! Amanhã acho que já estou mais animada! Mas é dando um passo de cada vez que a gente faz a caminhada! Então, "bora" papear!

Porque será que, às vezes, a gente morre de raiva e fica calado pra não perder o controle e agravar situações de conflito que já não estão boas? Não sei. O que eu sei é que nem sempre a gente devia ficar calado.

Pois é... o tal do equilíbrio... gente, isso podia ser automático! apesar de não ser e da enjoação do momento, tô feliz por estar aprendendo, por me ver superando cada passo meu.

O que eu queria mesmo é que cada um superasse seus conflitos e desse um passo adiante. Mas, eu sei, ninguém é como eu. E por que cargas d'água isso deve me incomodar?

Na verdade não devia. Cada um deveria se sentir feliz com suas conquistas e, no caso de eventual insatisfação, cada um que melhorasse sua própria vida!

Aí, eu faço isso. Mas só eu. E eu caminho. Vou embora. Passo à frente. Mas tem gente que não sai do lugar. Aliás, a sensação que eu tenho é que na verdade vai pra trás. Sabe aquela sensação de cavar pra baixo? O pior é querer levar a gente junto! E não é que tem hora que a gente vai "indo buraco abaixo"?

Ah, tô fora!

Tenho uma amiga que conhece uma criatura que, apesar de vários contras, foi pra frente. Com força. Tem tudo o que quer hoje, sem importar o que isso significa. Como ela conseguiu? "Deu baixa".

Eu também preciso dar. Preciso levar mais a sério o conselho bíblico e me "esquecer das coisas que para trás ficam" e prosseguir!

E é isso que tô buscando. Acredito que com isso, já estou conseguindo, ainda que um pouquinho de cada vez.

Identificar as sensações, sentimentos, frustrações, pra mim é fundamental pra conseguir seguir em frente mais leve, deixando no passado o que é do passado. E não é que ando conseguindo? Já deixei tanta carga pra trás que tô até emagrecendo!!

Este é o passo de hoje: me manter no foco e prosseguir!

Boa caminhada!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Vencendo desafios


E não é que hoje eu não só consegui sentar pra escrever o meu capítulo diário como também fui à academia!!! Isso eu tenho que comemorar! São duas vitórias em uma! Acho interessante como coisas pequenas como estas duas são capazes de nos fazer mudar a vida.

Ainda comentando a reportagem de ontem, sobre o mito da felicidade e a obrigação de ser feliz e sorridente, fico pensando de onde as pessoas tiram isso e como é importante a gente se conhecer e se respeitar.

Se não me conheço, não sei o que me aflige, não sei dar nome "aos meus bois", creio que fica difícil estabelecer novas rotas, contornar desvios. Com isso, se sou obrigada a ser feliz e demonstrar felicidade e não é isso que ronda minha mente e coração, e não me conheço, fico ainda mais infeliz porque tenho tudo e não consigo ser feliz.

É sempre bom lembrar que, se tem alguém que tem mesmo tudo, este alguém é Deus e a Trindade. E Jesus, "membro nato" da Trindade, chorou lágrimas de sangue. Isso nem de longe é felicidade, não é mesmo? Era o sofrimento, talvez em sua forma mais pura, sentindo emocional e fisicamente a dor da rejeição, da incompreensão, do repúdio, da traição, da incerteza, do abandono e tantas outras mazelas. Dor esta causada por aquilo que nós fizemos e, infelizmente, ainda fazemos e talvez faremos.

Eu procuro viver de modo que Jesus Cristo sirva sempre de exemplo pra mim. É bem certo que nem sempre eu consigo, mas que eu tento, eu tento! E existem dias, como hoje, em que consigo vencer o meu maior inimigo: eu!

Hoje dei mais um passo rumo ao meu auto-conhecimento (nem sei se com ou sem hífen!) e a minha saude também! E quero dar parabéns, pra mim e pra todos que não tem tempo ou vontade de sentir pena de si mesmos, ao contrário, reconhecem suas fraquezas e caminham rumo à mudança!

Continuemos a caminhar. Um passo de cada vez. Um papo de cada vez. Na certeza de que, embora às vezes tenhamos quase certeza de que estamos sós, não estamos, ao contrário, somos muitos...

E um último lembrete: aproveite para ver a beleza em volta do caminho, afinal, a gente nunca sabe o que está nos esperando na próxima curva...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Terapia


Hoje estava lendo uma reportagem da Revista Época, que era inclusive a matéria da capa, cujo título era "O mito da felicidade". Embora seja da época, é super interessante = ) É a edição 679. (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI235093-15228,00-O+MITO+DA+FELICIDADE.html)

Uma das histórias é sobre uma mulher que, após viver diversos traumas e problemas, incluindo a perda do marido durante a primeira gestação, conseguiu se manter de pé e continuar a caminhar através da escrita, com a criação de um blog.

Logo pensei em mim. Todo meu processo de reformulação, de reconstrução também se deu através do socorro de escrever o que estava me sufocando.

Interessante que, mesmo depois de passado o furacão, sinto necessidade de escrever. Com certeza, esta tem sido minha terapia. A única coisa que preciso fazer, como em algumas outras áreas da minha vida, é me disciplinar.

Como ainda é difícil pra mim seguir algumas rotinas como escrever e praticar exercícios. Tem coisas em que exagero, como ler, por exemplo. Esta semana li dois livros. Isso mesmo. Entre segunda e hoje. E não foram livros pequenos. Foram maravilhosos! Mas, isso é outro papo!

Assim, preciso me disciplinar e continuar o meu processo de crescimento. Penso em tanta coisa que eu queria escrever... às vezes, quando vou dormir, tenho tanta coisa na cabeça que a minha oração é pra que Deus consiga me silenciar, pra que eu consiga mesmo descansar pro dia seguinte.

Às vezes, eu escrevia como papo mesmo, pra outras pessoas. Agora estou mais egoista, e talvez, por isso mesmo, menos disciplinada. Penso em escrever pra mim. É uma conversa que, embora aberta aos meus amigos, é comigo também. É um falar alto pra poder me ouvir.

Bom, hoje eu consegui. Tá feito o trabalho. E amanhã... bom, amanhã é outro dia.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Quem planta, colhe!

Como se ouve falar isso! "Quem planta, colhe"! E como é que parece que a gente esquece esta "coisinha básica" da vida.

A gente sempre quer bons resultados em tudo na vida. Hoje, então, nem se fala! Tenho um amigo que sempre que escuta alguém dizer que "tá correndo atrás" retruca: "este aí já tá perdendo! Tem é que correr na frente!" Afinal, quem é vice mesmo? segundo colocado? suplente? Ninguém sabe, ninguém lembra. Então, o "negócio" é ganhar. Sempre.

Talvez seria bom se a vida fosse assim. Ganhar sempre. Entretanto, para desespero dos "jogadores", existe a derrota. E como é ruim ser derrotado.

Nisto se resume minha vida: perder umas batalhas pra ganhar a guerra. Mas como é duro perder.

Acho até que o pior não é a perda em si mesma, mas a certeza (às vezes até a dúvida) de ter feito escolhas corretas. E ter certeza de uma escolha ruim é uma verdadeira lástima!

Pra piorar o panorâma, vem a bendita da consequência! Afinal, quem planta, colhe, não é?

Tive uma vez um jardim. Minha mãe cuidou e plantou muito mais do que eu mesma! Acho que a única coisa que eu fazia mesmo, com intensidade, era acompanhar o crescimento das "minhas" plantinhas. Isso eu sabia fazer direitinho!

Num primeiro momento, o jardim nada tinha! só matagal. Foi limpo, arrancado o mato, preparado para receber as sementes. Aí, começou a maravilha: eu ia acompanhando, fotografando a evolução das minhas rosas! Gente, que coisa linda! Cada broto que abria, eu corria para fotografar e mostrar à minha mãe o crescimento das "meninas".

Embora tenham sido todas plantadas no mesmo tempo, tinha uma muda de um outro tipo de flor, que eu queria que crescesse e cobrisse o muro, mas que não crescia e não floria de jeito nenhum! Ai, que decepção!

Enquanto as rosas se multiplicavam e me maravilhavam, a outra, nada! Cheguei a pensar em arrancar logo a muda, pois devia ter algum problema. Acontece que eu entendo de flores e mudas tanto quanto de cirurgia vascular: nada absolutamente! Assim, na minha vasta ignorância, resolvi, antes de acabar com a pobre mudinha, perguntar para quem conhece. E não é que era assim mesmo? ela demora muito para florir a primeira vez. Depois, é praticamente automático.

Isso tudo me traz algumas reflexões: ainda que eu continue lutando, se eu sei o que foi que eu plantei, no tempo certo (o tempo de Deus) eu vou colher. E não vai dar pra mudar o que vou colher, só porque mudei de idéia. Vou colher o que eu plantei. Hum... eita coisa que é "boa mas é ruim". Pois a colheita será dos meus acertos, mas também dos meus erros.

Ao longo da minha “meia vida”, fiz opções corretas, das quais me orgulho. Mas também fiz muita besteira. E ando colhendo uns frutos bem duros e azedos da minha plantação mal feita. Ai, como isso é ruim! A certeza dos meus próprios vacilos e a consciência dos meus próprios erros, ao mesmo tempo em que me auxiliam a acertar os meus passos, trazem a tona o que eu mesma tenho de ruim, de pior. E, existe pior derrota do que ser derrotado por você mesmo? Credo! Ninguém merece! Ou melhor, a gente bem que merece.

Hoje to meio azeda, por conta de encarar uma destas minhas derrotas. Mas, ao mesmo tempo, tô satisfeita. Com quê? Com a certeza de estar lutando pra melhorar a minha “plantação”, sabendo que, assim como a minha flor, que eu não via florescer, a semente daquilo que eu plantei está crescendo. E no tempo de Deus vai florescer. Nisso eu creio, porque a Bíblia me diz que “aquilo que o homem plantar, isto também ceifará.” Assim, espero mesmo, em Deus, estar buscando boas sementes e bons campos, para que, apesar de hoje eu estar colhendo os frutos dos meus erros, amanhã eu possa colher, com a graça de Deus, os frutos dos meus acertos.


terça-feira, 12 de abril de 2011

Eis a Páscoa

Acredito que em termos de povos ocidentais, estamos nos aproximando do maior evento relacionado a uma só pessoa em todos os tempos: a páscoa.

É certo que tudo o que envolve o processo da passagem quase meteórica de Jesus sobre a terra, cada vez mais, é coberto de mais e mais chocolate. O coelhinho já tá tendo um estresse por antecipação! até aqui em casa ele já passou! Mas, vamos ao que interessa.

Ando num momento muito especial: tenho descoberto a fugacidade da vida ao mesmo tempo que sua irreversibilidade. Profundo, né? Algumas certezas, em tempos de muitas dúvidas. O absoluto, em tempo de "absoluta relatividade". E é com Jesus que tenho visto, ouvido e aprendido tanta coisa.

Sempre me chocou o grande amor de Jesus ao se dispor passar por tudo o que passou só pra que eu OU você (ou eu E você) nos dispuséssemos a aceitar o seu amor e segui-lo, caminhar com Ele, papear com Ele. Isto porque nós preferimos tantas vezes caminhar sozinhos, fingindo que somos companhia pra nós mesmos... mas nos últimos dias, tenho me sentido ainda mais em choque.

"O Jesus que eu nunca conheci", de Philip Yancey tem me atordoado. Tem me feito pensar em tudo, nestes tempos que precedem a "comemoração" da páscoa.

Pro povo judeu, a páscoa também é um marco histórico, de vida, pois lembra a saída deles do Egito, do cativeiro.

E pra nós, povos do ocidente, o que significa mesmo? afinal, quem é Jesus mesmo? pra que foi que Ele morreu mesmo? Como é que eu tenho respondido a isso? que diferença isso faz na minha vida?

Uma das respostas que tenho percebido é que não foi pra isso que temos visto e vivido. Enquanto, como cristãos, lutamos dia após dia pra estabelecer o NOSSO reino (família, trabalho, estudos...), temos esquecido o verdadeiro reino dos céus.

Segundo Yancey, na obra referida acima, a "igreja está onde Deus mora. O que Jesus trouxe para alguns - cura, graça e a boa nova da mensagem do amor de Deus - a igreja pode agora trazer a todos."

Entretanto, num momento recente da minha vida, reconheci a mim mesma como uma "desigrejada", por falta de identidade com a instituição que aí está. Mas nisto reside o meu problema: como posso ser desigrejada e andar com Jesus? Ele é o cabeça da igreja, e se a igreja está doente e não reflete a Jesus, talvez eu também não esteja fazendo minha parte.

Talvez, em nada eu me diferencie daqueles a quem critico.

E eu não quero isso pra mim. Jesus veio à terra para restabelecer a minha comunicação com meu Pai, eternamente, de modo irreversível. Se eu o aceitar. E ao voltar ao céu, ainda segundo Yancey, "assumiu o risco de ser esquecido".

Ora, o que temos visto não é exatamente um mundo esquecido de Jesus, do seu amor, da sua compaixão? Onde estão as boas novas? nos jornais é que não! então, o que temos nós anunciado?

Nesta páscoa, o meu desafio pessoal é como eu vou reagir ao Cordeiro de Deus, diante do aparente irreversível caos do mundo esquecido de Jesus, que pode ser revertido pelas boas novas, cura e a graça que Ele trouxe pessoalmente pra mim e pra "todo aquele que nele crer".

Convido você a se deixar inundar pela mensagem de Jesus que a Clara tanto gosta de cantar... Que Jesus ressuscite no seu coração! que mova montanhas e traga cura, renovação e principalmente, a certeza de que se nós quisermos nos lembrar dEle, Ele está conosco!


http://www.youtube.com/watch?v=tn3NOKr5XWY

quarta-feira, 30 de março de 2011

Pequenas coisas

O que tem no seu caminho do trabalho pra casa e de casa pro trabalho? com quem você encontra? o que você vê? o que você ouve? em que você presta atenção?

Tá, tá, muitas perguntas... mas é que são coisas pelas quais a gente passa todo o dia, às vezes, o dia todo, e acaba sem saber e sem notar o detalhe, a entrelinha... sabe, é aquela história do nome da faxineira da faculdade que todo mundo forma sem saber como é o nome dela, embora nem uma vez em vários anos tenha sujado a roupa na carteira, que tava sempre limpa (pela anônima).

Então, qual o nome da moça? E quantas outras coisas pequenas a gente perde, enquanto tá muito ocupado esperando pra ver e viver grandes coisas.

Entre as pequenas coisas perdidas estão possíveis grandes amigos, amores, enfim, inúmeras possibilidades...

Durante algum tempo da minha vida, minha própria frustração e tristeza foram mais do que suficientes pra embaçar meus olhos e me impedir de sonhar com o que quer que fosse. Possibilidades? só de descer e afundar mais um pouco mais...

Mas, graças a Deus, este tempo passou! Embora possa parecer (talvez até seja!) meio piegas, agora é tão bom ver um dia de chuva e pensar nas plantas que estão se beneficiando, como está tudo ficando bonito, mais verde, mais exuberante, mais vivo, assim como eu me sinto... = )

É bom demais ver tudo o que tem acontecido ao meu redor e pensar em tudo o que ainda pode acontecer! Este processo começou na minha vida quando comecei a tirar o olho do meu umbigo, levantar os olhos e ver o outro, ver a criação, ver minha filha e dar valor pra cada sorriso, cada beijo, cada cheiro.

Por este motivo, fique atento aos detalhes.

Pode ser que você felizmente se surpreenda.

E isto pode acontecer exatamente agora...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Eu vi o "bom samaritano"

Tô uma "blogueira" muito "vagaba"! Faz um tempão desde a última conversa! Como pode isso? Pode assim... ser mãe, trabalhar fora, tentar cuidar da saúde, da beleza, das amigas... isso consome um tempo enorme! E acabo preferindo fazer isso do que me sentar com o computador. Não que eu não goste, mas é que ainda prefiro a conversa "com bafo" =)

Hoje, comecei o dia nervosa. Tem umas coisas que irritam, né? uma delas foi "dormir" comigo ontem e já comecei a segunda na bala. Lembrei de um tanto de coisas que a gente lê que diz mais ou menos assim: "o que importa não é o que acontece com a gente, mas como a gente reage".

Olha, foi dureza conseguir reagir melhor e não deixar que o que me irritou desde ontem e hoje também, continuasse a estragar o meu dia e a minha semana, afinal, hoje é segunda, né?

E não é que apesar da dificuldade foi bom?! É um exercício, como aqueles que comecei a fazer pra "libertar a magra que existe em mim"!!! Hahaha... vai ser dureza, pois ela tá escondida sob muitas camadas adiposas... mas uma hora ela aparece, afinal, tô me exercitando direitinho. Tô até com uma pontadinha de orgulho próprio = )

O melhor de tudo é que, como eu comecei tentando e fazendo força pra reagir melhor ao que me incomodou, no final das contas, o dia foi muito bom! Até de estalinho eu brinquei com minha filha! Ainda bem que ela teve mais medo do negócio do que gosto... é mais seguro assim.

Pra ficar ainda melhor, tive uma aula de cristianismo na prática, que deixaria muito "crente de carteirinha" de queixo caído. Ganhei uma amiga, faz pouco tempo, mas que eu já gosto como se fosse amiga de muito tempo. Uma das coisas mais interessantes que eu vejo nela, é que ela sempre acha (às vezes, procura mesmo) algo pra elogiar, pra gostar, nas pessoas que cruzam o caminho dela.

Temos um "cruzador" comum. E ele não tá muito bem. Eu até vejo que ele não tá bem, converso quando posso, ajudo quando posso, mas ela foi além hoje. Ela viu, de longe, que algo não estava "nos conformes", e, assim que foi possível, "empreendeu resgate". Foi isso mesmo. Tenho certeza que se ele for "interrogado" vai contar que foi resgatado. Foi como o bom samaritano socorrendo o roubado, enquanto a "elite eclesial" passava de largo.

Isso foi "balsámico" pra mim. Ver que Deus continua agindo através de qualquer vaso que esteja à disposição.

Sinceramente, minha oração de hoje, por mim mesma, é que eu esteja mais atenta ao meu "caminho" do que centrada nas minhas próprias irritações.

Grande abraço e prossigamos na nossa caminhada! A idéia é malhar o intelecto e colocar pra fora o que tem enchido o coração!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

" A letra da minha canção"

Primeiro post do ano! E nesta condição de inaugural tinha que ser algo expressivo, que levasse seu significado até o final do ano ou o final da vida, ou até mesmo depois que a vida for só lembrança. Então, que seja uma lembrança boa. Vamos lá, desejando a meus companheiros de caminhada um ano sensacional!

Quando fiquei grávida, lembro como se fosse hoje, da Laura, minha amiga, me falando assim: "agora você vai descobrir o que é amor de verdade". Nunca mais esqueci dessa frase. E a cada dia, descubro um pouco mais o que ela significa.

Nuns dias cinzas, de muitas dores, de nenhuma visibilidade, pensei como seria a minha vida se não fosse como é agora. Pra explicar melhor: como seria se eu fosse solteira, se não tivesse casado, se fosse sem filho pra cuidar e preocupar. Seria mais fácil? Talvez. Mas com certeza, seriam muito pior! E a certeza disso me abundou nos últimos 18 dias.

A "cria" viajou de férias, com a tia, depois com a vó... e foi por aí. Mas no sábado eu pego ela de volta! Fiz muitas descobertas sobre o lu
gar que eu moro: Olha, é incrível como este apartamento tem eco! Como eu respiro alto! O espirro, então, nem dá pra acreditar!

É o som da ausência se propagando no vazio que a saudade trouxe.
A caminho do trabalho,
coração apertado pela saudade e encharcado de chuvas, enchurradas, a tensão do "vai-ou-não-vai-ter-enchente", ouvi uma musiquinha... e pensei que seria a letra de uma carta que eu queria ter escrito pra minha "cria".

Hoje, é certo que ela não vai ler e talvez nem saiba o que é que quer dizer, mas é o que eu queria de minha Clara soubesse, ainda que seja amanhã, ou depois de depois de amanhã, que é um pouco do que ela significa pra mim.


Hora de compartilhar (com lá-lá-ia):



A Letra Da Canção

Myllena

Você que apareceu
na minha história pelo fim
E agora veio prá ficar
Que quando eu via tudo
em preto e branco, sem jardim
Insiste em me acordar
Você teia de aranha
no meu disco voador
A letra da minha canção
Viagem de cometa
Minha escolha, meu amor
A dona do meu coração

La laiê... la la la ie...
la laiê... la laie...

Meu gol no campeonato
Meu esporte radical
As cordas desse violão
Os pratos da balança
O meu ponto final
Palavra sem definição
Você que trouxe a vida
Para o meu coma interior
Fez tudo se reacender
A letra "a" do nome
Toda forma de amor
O medo que me dá prazer

La laiê... la la la ie...
la laiê... la lai..
Você que apareceu
na minha história...
Você teia de aranha
no meu disco voador
A letra da minha canção
Viagem de cometa
Minha escolha, meu amor
A dona do meu coração

La laiê... la la la ie...
la laiê... (a dona do meu coração) la la ie...
La laiê... la laiê...
la laiê... la laiê...


Eis é a "letra da minha canção":