terça-feira, 12 de abril de 2011

Eis a Páscoa

Acredito que em termos de povos ocidentais, estamos nos aproximando do maior evento relacionado a uma só pessoa em todos os tempos: a páscoa.

É certo que tudo o que envolve o processo da passagem quase meteórica de Jesus sobre a terra, cada vez mais, é coberto de mais e mais chocolate. O coelhinho já tá tendo um estresse por antecipação! até aqui em casa ele já passou! Mas, vamos ao que interessa.

Ando num momento muito especial: tenho descoberto a fugacidade da vida ao mesmo tempo que sua irreversibilidade. Profundo, né? Algumas certezas, em tempos de muitas dúvidas. O absoluto, em tempo de "absoluta relatividade". E é com Jesus que tenho visto, ouvido e aprendido tanta coisa.

Sempre me chocou o grande amor de Jesus ao se dispor passar por tudo o que passou só pra que eu OU você (ou eu E você) nos dispuséssemos a aceitar o seu amor e segui-lo, caminhar com Ele, papear com Ele. Isto porque nós preferimos tantas vezes caminhar sozinhos, fingindo que somos companhia pra nós mesmos... mas nos últimos dias, tenho me sentido ainda mais em choque.

"O Jesus que eu nunca conheci", de Philip Yancey tem me atordoado. Tem me feito pensar em tudo, nestes tempos que precedem a "comemoração" da páscoa.

Pro povo judeu, a páscoa também é um marco histórico, de vida, pois lembra a saída deles do Egito, do cativeiro.

E pra nós, povos do ocidente, o que significa mesmo? afinal, quem é Jesus mesmo? pra que foi que Ele morreu mesmo? Como é que eu tenho respondido a isso? que diferença isso faz na minha vida?

Uma das respostas que tenho percebido é que não foi pra isso que temos visto e vivido. Enquanto, como cristãos, lutamos dia após dia pra estabelecer o NOSSO reino (família, trabalho, estudos...), temos esquecido o verdadeiro reino dos céus.

Segundo Yancey, na obra referida acima, a "igreja está onde Deus mora. O que Jesus trouxe para alguns - cura, graça e a boa nova da mensagem do amor de Deus - a igreja pode agora trazer a todos."

Entretanto, num momento recente da minha vida, reconheci a mim mesma como uma "desigrejada", por falta de identidade com a instituição que aí está. Mas nisto reside o meu problema: como posso ser desigrejada e andar com Jesus? Ele é o cabeça da igreja, e se a igreja está doente e não reflete a Jesus, talvez eu também não esteja fazendo minha parte.

Talvez, em nada eu me diferencie daqueles a quem critico.

E eu não quero isso pra mim. Jesus veio à terra para restabelecer a minha comunicação com meu Pai, eternamente, de modo irreversível. Se eu o aceitar. E ao voltar ao céu, ainda segundo Yancey, "assumiu o risco de ser esquecido".

Ora, o que temos visto não é exatamente um mundo esquecido de Jesus, do seu amor, da sua compaixão? Onde estão as boas novas? nos jornais é que não! então, o que temos nós anunciado?

Nesta páscoa, o meu desafio pessoal é como eu vou reagir ao Cordeiro de Deus, diante do aparente irreversível caos do mundo esquecido de Jesus, que pode ser revertido pelas boas novas, cura e a graça que Ele trouxe pessoalmente pra mim e pra "todo aquele que nele crer".

Convido você a se deixar inundar pela mensagem de Jesus que a Clara tanto gosta de cantar... Que Jesus ressuscite no seu coração! que mova montanhas e traga cura, renovação e principalmente, a certeza de que se nós quisermos nos lembrar dEle, Ele está conosco!


http://www.youtube.com/watch?v=tn3NOKr5XWY